quarta-feira, 28 de março de 2012

Resenha de série: SPARTACUS


Até 2010 nunca houve uma série tão incomum quanto Spartacus. O canal Starz, que exibe a série, não tinha muito destaque na TV americana, mas depois da estréia polemica desse série isso mudou. Criada por Joshua Donen e Sam Raimi (diretor dos filmes do homem aranha) ela foi toda na Nova Zelândia.

A principio a série lembra bastante os filmes de Zack Snyder (300, watchman) que utilizam bastante de efeitos de câmera lenta nas batalhas e o Chroma Key grosseiro na construção do cenário. A história é sobre o conhecido gladiador Espártaco (Spartacus em latim) um trácio que é obrigado a lutar nas arenas, mas acaba desencadeando uma enorme “revolta de escravos”. A série adapta livremente a história, criando uma trama que tenta casar com o que foi registrado historicamente. 

Na série, Spartacus (muito bem interpretado pelo ator Andy Whitfield) é separado de sua mulher após desafiar o comandante Claudius Glaber e fugir de seu compromisso á Roma, tornando-se assim um escravo. Como sentença ele foi enviado para morrer na arena, mas consegue sobreviver com um desempenho que agrada o povo e Batiatus, um homem que comanda um “Ludus” (local onde gladiadores são treinados). Carregado pelo desejo de recuperar sua esposa, também vendida como escrava, Spartacus aceita viver como um Gladiador na esperança de ganhar sua liberdade.


Os 13 episódios da primeira temporada acompanham a jornada de Spartacus na conquista de fama como gladiador, mostrando fielmente como era a política que girava em torno do ramo de batalhas na arena. Talvez a maior qualidade da série seja justamente essa vontade dos produtores de manter fidelidade nos costumes da época, já que historicamente a série tenta ligar os pontos como pode. Não existe pudor algum em mostrar nudez e violência. É um verdadeiro festival de “nu frontal”, tanto feminino quanto masculino, e cenas de sexo bastante convincentes entre os personagens. O linguajar é tão pesado que chega a provocar graça, sendo sujo como nas ruas, mas mesclado com a cultura da época. 

A violência utiliza do estilo “gore”, em que tudo é extremamente exagerado e canastrão. Constantemente você verá o sangue jorrando na tela, litros e litros dele (digitalmente inseridos ou não). Mesmo com a violência forçado e o abuso da câmera lenta, a série consegue usar disso sem que o telespectador abandone sua atenção, muito pelo contrário, de alguma forma é divertido assistir o banho de sangue e os membros decapitados, pois a trama abraça muito bem a violência.



A trama também é um dos grandes trunfos da série. Com um roteiro rápido e sem muita ladainha, ela se desenvolve de uma maneira que prende a atenção do telespectador até o ultimo segundo, criando aquela expectativa pela continuação, que pouquíssimas séries realmente conseguem hoje em dia. Existe um desapego total dos roteiristas quanto aos personagens, qualquer uma pode morrer a qualquer momento (até Spartacus rsrs) e isso traz um diferencial que deixa a história muito mais interessante e imprevisível.

 Os diálogos carregados de xingamentos têm uma fluência muito legal, mesmo que a mistura de sotaques seja estranha. Em Spartacus você será surpreendido por reviravoltas, seduzido pela Luxúria, ou irá vibrar na carnificina. É um verdadeiro banquete de entretenimento de uma série que parece não se levar muito a sério, mas na verdade sabe muito bem o que faz. 

Dentre tantas coisas divertidas ainda conta com a presença da linda Lucy Lawless (a Xena do seriado da TV). Recomendação máxima para quem curte o gênero, e que seja maior de idade.



















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