sábado, 31 de março de 2012

Avatar: A lenda de Korra - Primeira impressão


Depois que Avatar: A lenda de Aang terminou os fãs da série pensaram que nunca mais veriam outra história de "dobradores" de elementos. Mas com o sucesso enorme da série, que até gerou uma adaptação para cinema bem ruim, não demorou muito para Nickelodeon fazer pressão para os criadores darem continuidade à história.

Mas o que fazer se a história do monge careca já havia terminado e tudo estava em paz? Os criadores do cartoon, que já pode ser chamado de anime,  avançaram o tempo em 70 anos. Agora o avatar Aang morreu e se tornou realmente uma lenda, deixando um mundo bem diferente da sua época de criança. Não existem mais nações espalhadas pelo mundo e sim uma metrópole gigantesca chamada Republic City (uma especie de Nova York e Tokyo em estilo Noir) em que todos vivem pacificamente. Como Aang morreu outro avatar surgiu.

Iremos acompanhar Korra, uma garota da tribo da água do sul que ja tem a capacidade de controlar os elementos da terra, fogo e água, mas por algum motivo não consegue dominar o ar. Ela é mais velha que Aang, quando começou sua aventura, e mais destemida. Os criadores tiveram a brilhante ideia de criar uma personagem que agradasse tanto o publico feminino quanto o masculino, já que Korra consegue ser bruta e amável ao mesmo tempo. Como não teve sucesso em conseguir dominar o elemento do ar, ela recorre a um dos filhos de Aang para ajudá-la, mas esse mora em Republic City, então ela precisa viajar até a cidade. É um verdadeiro choque cultural para ela, a cidade possuem prédios, carros e não é tão pacifica como todos pensam.



O desenho evolui muito, chega a impressionar o visual bem trabalhado e as coreografias. Existe, é claro, o humor de sempre, mas dessa vez o clima da série se tornou um pouco mais sério e isso é evidente na trilha sonora (que está surpreendentemente melhor). A protagonista é bastante carismática, assim como Aang, e não é difícil simpatizar por ela. Bastante teimosa ela tem problemas para seguir ordens e prosseguir em seu treinamento. Ao chegar na cidade ela não compreende porque existem pessoas que não gostam dos dobradores, que fazem parte de algum tipo de organização secreta.

Korra descobre um esporte famoso na cidade em que “dobradores” duelam entre si como um torneio, não demora muito pra ela se maravilhar com tudo aquilo e conhecer seus novos amigos, e consequentemente interesse amoroso. O desenho não é igual a série anterior, é uma evolução dela. 

A história irá se passar apenas em um livro (diferente da anterior que teve 3) que é o do ar, tendo menos episódios.Talvez o triangulo amoroso que irá se formar seja um fator negativo da série, pode ser muito forçado em poucos episódios, mas merece ser conferido mesmo assim. Avatar: A lenda de Korra teve um começo muito superior a do monge Aang, como se os criadores soubessem que possuem um público de todas idades, mas pode perder o gás se não manter o ritmo excelente e apresentar desafios (afinal tem que haver mais do que aprender a dobrar o Ar).




Grandes expectativas para essa série.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Resenha de série: ALCATRAZ


Geralmente quando alguém pergunta qual a série mais nerd da televisão, ou qual a série preferida dos nerds, as pessoas costumam responder The Big Bang Theory. Só que TBBT não é uma série para nerd’s e sim uma série que faz piada sobre eles. Quando você faz uma pequena pesquisa para ver o que esta mais em alta no mundo nerd, se tratando se séries, a resposta é sempre direcionada as séries de J.J.Abrams.

É claro que existem The Walking Dead, Dexter e Game of thrones nessa lista, mas nenhuma causa tanta discussão e teorias conspiratórias quanto às séries de J.J.Abrams.  Depois do término conturbado da série Lost, os fãs do diretor sentiram que não haveria outra série de mistérios para debater na internet e desvendar os “east eggs” (referencias e pistas escondidas ao longo de um episódio), até que Fringe foi anunciada. Trava-se de uma série policial que misturava ficção cientifica e muita, muita mesmo, conspiração e teorias malucas. Até hoje ela é a sensação do meio nerd, mesmo que quase cancelada certa vez.


J.J.Abrams apenas assinou Fringe e deu lá as suas alterações no piloto, mas fora isso não teve participação. Então eis que ele anuncia outra série policial\investigativa chamada Person of Interest, sempre com um personagem de Lost na trama, dessa vez com menos ficção cientifica e mais perseguição. Alcatraz foi a ultima série que ganhou sua assinatura.
O enredo de Alcatraz foi criado por Elizabeth Sarnoff, Steven Lilien e Bryan Wynbrandt que gira entorno da famosa prisão americana que nunca registrou uma fuga e só foi fechada em 1963 graças ao alto custo de manutenção e condições precárias. A série conta que na verdade todos os prisioneiros desapareceram um dia antes da prisão ser fechada, apesar do governo ter contado que foram transferidos. Mas depois de todos esses anos os prisioneiros voltam do nada, sem envelhecer nenhum ano ou se lembrar do que aconteceu.

Acompanhamos uma organização governamental secreta liderada por um dos guardas da época. Rebecca Madsen ( interpretada pela linda Sarah Jones) é a detetive da história que tem o seu parceiro assassinado por um dos prisioneiros que retornam e é chamada por Emerson Hauser (bem sinistro no papel) para ajudar na captura dos 63 viajantes do tempo. Para ajudar na busca o perito na ilha de Alcatraz e dono de uma loja de revistas de quadrinho Doctor Diego ( o Hurley de Lost) aceita o desafio.  E esse é o enredo.

Em cada episódio você irá conferir uma captura de um prisioneiro diferente. Cada um desses prisioneiros tem uma história interessante, que é sempre contada em flashes como em Lost, para que o publico entenda como é sua personalidade e motivo de ter sido preso. Nenhum deles parece entender o que esta acontecendo, mas estranhamente parece não se importar. A maioria são assassinos, e para a detetive Rebecca chegar à identidade de um é sempre preciso seguir o rastro de morte deixado.

Apesar de interessantes os episódios não empolgam. O clima da série é sempre sombrio e cheio de mistérios, mas J.J.Abrams já anunciou que diferente de Lost o publico não precisará esperar muito para ter suas duvidas esclarecidas. O que é verdade, já que na metade da temporada você já consegue ter certa noção do que esta realmente acontecendo. Os personagens são excelentes, principalmente os que só aparecem no passado de Alcatraz, mas a trama é monótona e não é incomum você bocejar no meio de um episódio.


Sem a energia e carisma de Lost, Alcatraz tenta causar impacto com a sua introdução dramática, mas falha.  Não é uma série ruim, de forma alguma, tem os seus méritos quanto ao roteiro bem elaborado. O maior problema é a falta de estimulo da parte dos roteiristas em querer instigarem o publico a acompanhar o mistério. Os episódios não parecem ter uma continuidade forte, são individuais demais, e assemelham mais a um C.S.I. No final das contas não parece tão importante saber o que aconteceu na prisão e sim prender o próximo prisioneiro.


Com ritmo fraco, mas como uma trama interessante, fica a expectativa que as coisas melhorem na segunda temporada (se houver) ou na próxima série que J.J anunciar.




quarta-feira, 28 de março de 2012

Resenha de série: SPARTACUS


Até 2010 nunca houve uma série tão incomum quanto Spartacus. O canal Starz, que exibe a série, não tinha muito destaque na TV americana, mas depois da estréia polemica desse série isso mudou. Criada por Joshua Donen e Sam Raimi (diretor dos filmes do homem aranha) ela foi toda na Nova Zelândia.

A principio a série lembra bastante os filmes de Zack Snyder (300, watchman) que utilizam bastante de efeitos de câmera lenta nas batalhas e o Chroma Key grosseiro na construção do cenário. A história é sobre o conhecido gladiador Espártaco (Spartacus em latim) um trácio que é obrigado a lutar nas arenas, mas acaba desencadeando uma enorme “revolta de escravos”. A série adapta livremente a história, criando uma trama que tenta casar com o que foi registrado historicamente. 

Na série, Spartacus (muito bem interpretado pelo ator Andy Whitfield) é separado de sua mulher após desafiar o comandante Claudius Glaber e fugir de seu compromisso á Roma, tornando-se assim um escravo. Como sentença ele foi enviado para morrer na arena, mas consegue sobreviver com um desempenho que agrada o povo e Batiatus, um homem que comanda um “Ludus” (local onde gladiadores são treinados). Carregado pelo desejo de recuperar sua esposa, também vendida como escrava, Spartacus aceita viver como um Gladiador na esperança de ganhar sua liberdade.


Os 13 episódios da primeira temporada acompanham a jornada de Spartacus na conquista de fama como gladiador, mostrando fielmente como era a política que girava em torno do ramo de batalhas na arena. Talvez a maior qualidade da série seja justamente essa vontade dos produtores de manter fidelidade nos costumes da época, já que historicamente a série tenta ligar os pontos como pode. Não existe pudor algum em mostrar nudez e violência. É um verdadeiro festival de “nu frontal”, tanto feminino quanto masculino, e cenas de sexo bastante convincentes entre os personagens. O linguajar é tão pesado que chega a provocar graça, sendo sujo como nas ruas, mas mesclado com a cultura da época. 

A violência utiliza do estilo “gore”, em que tudo é extremamente exagerado e canastrão. Constantemente você verá o sangue jorrando na tela, litros e litros dele (digitalmente inseridos ou não). Mesmo com a violência forçado e o abuso da câmera lenta, a série consegue usar disso sem que o telespectador abandone sua atenção, muito pelo contrário, de alguma forma é divertido assistir o banho de sangue e os membros decapitados, pois a trama abraça muito bem a violência.



A trama também é um dos grandes trunfos da série. Com um roteiro rápido e sem muita ladainha, ela se desenvolve de uma maneira que prende a atenção do telespectador até o ultimo segundo, criando aquela expectativa pela continuação, que pouquíssimas séries realmente conseguem hoje em dia. Existe um desapego total dos roteiristas quanto aos personagens, qualquer uma pode morrer a qualquer momento (até Spartacus rsrs) e isso traz um diferencial que deixa a história muito mais interessante e imprevisível.

 Os diálogos carregados de xingamentos têm uma fluência muito legal, mesmo que a mistura de sotaques seja estranha. Em Spartacus você será surpreendido por reviravoltas, seduzido pela Luxúria, ou irá vibrar na carnificina. É um verdadeiro banquete de entretenimento de uma série que parece não se levar muito a sério, mas na verdade sabe muito bem o que faz. 

Dentre tantas coisas divertidas ainda conta com a presença da linda Lucy Lawless (a Xena do seriado da TV). Recomendação máxima para quem curte o gênero, e que seja maior de idade.



















terça-feira, 27 de março de 2012

Kinect Star Wars


O lançamento do jogo Kinect Star Wars para Xbox 360 está próximo e um divertido trailer mostra como qualquer um pode se transformar em um poderoso Jedi, um monstro ou pilotar as famosas naves de corrida. O jogo está previsto para 3 de abril e vai ter muita gente que vai comprar um Kninect só pela chance de “segurar” um sabre de luz.







Fifty Shades of Grey




Uma história baseada em crepúsculo chamada Fifty Shades of Grey teve seus direitos comprados pela Universal. A ideia é adaptar a "fanfic" (ficcção criada por fãs) e até as suas duas continuações. Trata-se de uma romance erótico inspirado na série de Stephen Meyer no qual uma jovem chamada Anastasia Steele entra na faculdade e conhece o milionário Christian Grey. Provavelmente os nomes devem ter sofrido modificações graças aos direitos autorais. Não se sabe quando as gravações irão começar.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Game of Thrones



A estréia da segunda temporada da série épica Game of Thrones esta próxima. No dia 1 de abril, sem piadinhas, a HBO irá exibir os novos episódios (dessa vez a estréia será mundial) e os fãs mal podem se aguentar. Para você que não conhece a série baseada nos livros de George R. R. Martin aqui vai um vídeo feito por um dos milhares de fãs de As Crônicas de Gelo e Fogo (título original da saga literária).


                                
















Crítica: Jogos Vorazes

Começando mais um blog! Dessa vez eu vou colocar tudo o que eu acho sobre o que eu vejo por ai no mundo do entretenimento.

Partindo de um filme bem recente que eu assisti e achei que seria interessante para ponto de partida.




Jogos vorazes faz parte da elogiada trilogia de livros criada por Suzanne Collins em 2008 nos Estados Unidos. Depois do sucesso de vendas até que não foi surpresa quando a adaptação cinematográfica foi anunciada. O problema a principio foi como o filme estava sendo "vendido" no mercado.

Constantemente comparado a crepúsculo, muita gente já torceu o nariz para adaptação que estampava a bela atriz Jennifer Lawrence, indicada ao Oscar, do cartaz de divulgação. Mas a verdade é que a trilogia nada tem haver com o romance vampiresco de Stephen Meyer, e para a alegria dos fãs o filme também.
A história se passa em um mundo futurístico, sem data especifica, onde existe a nação Panem, que é rodeada por distritos e tem uma poderosa cidade central chamada de Capital. Katniss Everdeen é uma garota que mora no distrito numero 12, um lugar de extrema pobreza. O foco da trama esta em um evento que ocorre todo ano chamado de “Jogos Vorazes”. Trata-se de um Reality Show macabro no qual dois jovens de cada distrito são selecionados a participar de um jogo mortal no qual só um pode sobreviver.

Katniss é uma adolescente destemida que esta acostumada a caçar com seu arco na floresta dos arredores da cidade, pois precisa sustentar sua mãe e irmã. No dia da seleção para os Jogos Vorazes, sua pequena irmã é selecionada, mas Katniss se oferece com “tributo” indo em seu lugar.

O filme transmite muito bem o clima tenso que é ser escolhido para o jogo mortal. A atriz Jennifer Lawrence é bastante expressiva no papel e consegue passar a idéia de garota forte e ao mesmo tempo sentimental. O diretor Billy Ray optou por dar ênfase aos bastidores do show, mostrando toda a parte política envolvida e a importância para um participante conseguir patrocinadores. A historia usa da formula sempre bem sucedida dos “underdogs”, que faz com que o expectador\leitor torça para os menos favorecidos, que aqui são os participantes do distrito 12.

Estão lá os personagens “malvados” que possuem vantagem financeira e que optaram por participar dos jogos por vontade própria, e os personagens que assim como Katniss não querem tirar a vida de ninguém.  O filme tem um roteiro interessante, que muitas vezes mostra flashbacks da historia da protagonista que enriquecem a trama e aproxima mais os personagens ao espectador. Existe uma seriedade na trama que deixa tudo sempre interessante, afinal é sempre evidenciado que no final apenas um pode sobreviver.

Adaptado para um público menor, a violência do livro foi trabalhada de outra forma, utilizando da idéia de menção com apenas algumas cenas de sangue. Foi uma boa escolha que não deixou o filme infantil. O romance que seria a única desculpa para ligar Jogos Vorazes com Crepúsculo é tratado com certa frieza. Um amor entre um participante, no caso Katniss, e outro seria visto como um atrativo a mais aos telespectadores, então ele é incentivado pelo treinador dos jovens, mas o sentimento de inicio não é verdadeiro e sim utilizado como um artifício para sobreviver.



Entre muitas qualidades do filme, apenas uma coisa incomoda, assim como muitos outras criticas, a contratação de Lenny Kravitz foi no mínimo erronia. O cantor está péssimo em seu papel, mas felizmente não ganha muito espaço.  Apesar disso Jogoz Vorazes merece toda falação, a terceira maior abertura da história dos cinemas, a história é interessante e mantém todas as atenções a Katiniss em sua luta de sobrevivência, que com toda certeza se arrastará na continuação.