quarta-feira, 6 de junho de 2012

Crítica - Branca de Neve e o Caçador.

Um pensamento muito comum entre as pessoas é achar que Branca de Neve é a história que Disney adaptou em 1937. A verdade é que a história de Branca de neve originalmente é muito diferente do que a maioria conhece, assim como muitos outros contos de fadas. O conto da garota mais bela de todas já existia bem antes dos estúdios Disney.


Se trata de um conto alemão bastante antigo e que foi copilado pelos irmãos Grimm, que adaptaram a lenda que ja existia a sua maneira. Citando apenas uma das várias diferenças entre o conto original e o popular, fique informado de que Branca de Neve não desperta com o beijo do príncipe encantado e sim com o solavanco de seu caixão, que a faz com que o pedaço da maça envenenada deixe sua garganta. Seguindo essa fuga da versão mais pop do conto de fadas, o filme Branca de neve e o Caçador vai mais além e tenta criar um épico.


O Publicitário Rupert Sanders  dirige o filme de maneira bastante inspirada. O tom gótico do filme é apresentado logo no começo, avisando desde já que não se trata da versão infantil que estamos acostumados. A trama acompanha os pontos principais da história conhecida, o nascimento de branca de neve, a perda do pai, a madrasta e rainha perversa que deseja ser a mais bela. Todos esses pontos familiares estão presentes, o diferencial é como são apresentados e desenvolvidos ao longo  das duas horas de filme.


Fica então, o desapontamento de terem escolhido uma atriz tão marcada em nossas mentes, graças a outro filme, para interpretar Branca de neve. Kristen Stewart com seus tiques esquisitos e a incapacidade de fechar a boca em cada close foi um erro para o papel. Os esforços de deixar a atriz não só bela, mas a mais bela de todo o reino, falhou miseravelmente quando nos deparamos com a presença avassaladora de Charlize Theron como a rainha má. Perfeita para o papel, Charlize desfila beleza e veneno durante todo o filme, e talvez percebendo que essa seria a principal atração da adaptação, os roteiristas deram um conteúdo a mais a personagem, é possível torcer para ela e não Branca de Neve.


A fotografia junto a Charlize são os méritos do filme. Ha momentos que o diretor fica tão empolgado que até exagera e foge um pouco a linha do "tragável" para os olhos, quando no caso ele decidiu trazer para o filme o lado "encantado" que fugiu um pouco do estilo apresentado desde o início do filme. Não estão errados as criticas e comentários sobre o restante do elenco. Desinteressante demais e escolhidos sobre estratégia de marketing, apenas os anões se destacam com uma atuação nobre. O filme realmente pertence a Charlize, ja que Chris Hemsworth só esta no filme para preencher a cota de músculos no papel do caçador.


Um filme legal pra quem gosta de Charlize Theron e uma fotografia sinistra e bela.